segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Polaridades






Muito importante falar sobre polaridades num mundo bipolar.
Sim, nossa mãe terra tem 2 polos e como viemos dela e nela vivemos, não há como não sê-lo.
Somos bi- polares.
O que vai definir nosso equilíbrio é a graduação e a maneira como lidamos com a intensidade dessa questão.
Vivemos nossa vida em busca de equilíbrio, de bom senso, dessa equação que nos resulte em harmonia, paz, tranqüilidade e por que não felicidade?
Tudo depende do empenho na conquista disso tudo.
E um bom começo é lidar bem com essa questão das polaridades.
Jung usava um termo emprestado de Heráclito; enantiodromia – para falar de opostos.
Heráclito exemplificava a questão com um arco e flecha, dizendo que ao puxar a corda do arco em uma direção, lançamos a flecha na direção oposta.
Eu prefiro traçar uma linha:

+__________________O__________________-


Essa linha nos mostra se estamos em um lado da questão, no seu oposto, ou perto da área de equilíbrio.
Segundo Jung, o conflito entre forças opostas inconscientes resulta em neuroses, pois mais cedo ou mais tarde tudo se reverte em seu oposto (como no exemplo de Heráclito, como na balança que empurramos as crianças, com num pêndulo).
A menos que o indivíduo consiga separar-se de seu inconsciente, auto regulando seu ego, ou seja, o processo do auto conhecimento é realmente a solução que nos salva das neuroses e nos ajuda  na busca do nosso eixo.
Quando estamos fixados num tipo de excesso (em uma das pontas da linha que eu tracei), inevitavelmente, mais cedo ou mais tarde, seremos catapultados para a outra, lançados no oposto.
No Oráculo de Delfos havia tanto a recomendação para o “Conhece-te a ti mesmo”, quanto à “Nada de excessos”.
Estar fixado em um excesso, em um dos pólos, além de ser uma situação de risco a ser lançado para o outro lado, é também um lugar não muito confortável para se ficar, pois teremos que ficar defendendo pontos de vista, levantando bandeiras, usando crachás...
No meio, há o equilíbrio.
Já ouvimos isso. Já sabemos disso. Mas teimosamente às vezes nos fixamos em nossos excessos, ignorando nossos sábios ancestrais. Ignorando os sábios do Oriente. Ignorando nossa sabedoria interior.

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